Brasil-Colônia – período de 1500 – 1815 | |
1807 | Projeto de Academia de Economia. José Maria Dantas Pereira, matemático português, Professor e Diretor Comandane da Academia de Marinha em rascunhos cuja autoria lhe é atribuída, propõe a unificação de cinco Academias, existentes em Lisboa, até 1807, a serem instaladas no Brasil, numa só instituição, que se chamaria Academia Militar, Náutica e Econômica. Se esse plano fosse concretizado, seria a primeira universidade brasileira e, ao mesmo tempo, ter-se-ia instalado em nosso País a primeira Faculdade de Economia do mundo (Fonte: Arquivo Geral da Marinha, Caixa 142, 176/177) |
1809 | Alvará , com força de lei, de 15 de junho de 1809. Entre outras providências, prevê o estabelecimento de Aulas de Comércio, que é o marco do Ensino Comercial no Brasil. – Nesse mesmo ano, o Príncipe Regente D. João autoriza o funcionamento da Aula de Comércio da Corte, na cidade do Rio de Janeiro. |
1810 | Em 23 de janeiro de 1810, José Antonio Lisboa é nomeado Lente da Aula de Comércio da Corte, sendo assim o primeiro Professor de Contabilidade no Brasil. – Carta de Lei, de 04 de dezembro de 1810. É fundada, no Rio de Janeiro, a Academia Real Militar, onde mais tarde (1858) funcionaria uma Escola de Engenharia, com o nome de Escola Central, precursora da Escola Politécnica, atual Escola de Engenharia do Rio de Janeiro. O currículo da Academia incluía a matéria Cálculo das Probabilidades e dela teriam saído os primeiro Atuários do Brasil. |
1811 | Abertura da Aula de Comércio do Maranhão, que funcionou, na sua primeira fase, até fevereiro de 1820. |
1812 | Edital de Concurso para lugares, para as Aulas de Comércio a se estabelecerem na Bahia e Pernambuco, em observância do Alvará de 15 de julho de 1809. – Foram afixados editais em Lisboa, em 15 de dezembro de 1812 e 18 de março de 1813, pela Real Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação (Correio Braziliense, 1813, vol. Nº 59, pág. 398). |
1813 | Provável início de funcionamento da Aula de Comércio na Bahia e em Pernambuco. |
Brasil – Reino Unido – período de 1815 a 1822 | |
1815 | “Plano de huma Aula de Commercio, Theoria e Practica, para a educação da mocidade que se quizer empregar no Commercio, nesta cidade da Bahia”, por Euzebio Vanerio (Arqyuvo Nacional). |
1816 | Plano de 10—09-1816 para estabelecer Aulas de Comércio em Pernambuco, apresentado por Manoel Luís da Veiga (Arquivo Nacional). |
1818 | Decisão nº 9 – Reino, de 06 de maio de 1818. Ordena que não se proponha sujeito algum para Oficial Real Erário sem que tenha estudos da Aula de Comércio. Brasil – Primeiro Império – período de 1822 a 1834 Brasil – Segundo Império – período de 1834 a 1889 |
1823 | Lei de 23 de outubro de 1823. Aumenta o número de disciplinas da Academia Real Militar e permite o estudo conjunto de paisanos e militares. O currículo do curso inclui a matéria de Cálculo das Probabilidades, básica na formação de Atuários. |
1827 | Decreto de 11 de agosto de 1827. Institui as Faculdades de Direito de Olinda e São Paulo, onde a Economia Política passaria a integrar o currículo escolar a partir de 1829. |
1830 | Há notícia de implantação da Aula de Comércio na Paraíba. |
1831 | Por concurso, Estevão Rafael de Carvalho, é nomeado Professor da Aula de Comércio da cidade do Maranhão. Esse Professor possuía o Curso de Matemática da Universidade de Coimbra e escreveu, em 1837, a obra pioneira de Contabilidade no Brasil, Metafísica da Contabilidade. - Lei de 15 de novembro de 1831. Autoriza o Governo a reformar o sistema de estudos da Academia Real Militar, com a anexação da Academia de Guarda-Marinhas, passando, por Decreto de 9 de março de 1832, a denominar-se Academia Imperial Militar. O currículo do Curso de Artilharia, Engenharia Militar e Estado Maior inclui a matéria de Cálculo das Probabilidades. |
1833 | Há notícia, no Rio de Janeiro, da continuidade do funcionamento da Aula de Comércio da Corte. |
1834 | Há notícia do funcionamento da Aula de Comércio da Bahia. |
1835 | Estatuto de 07 de março de 1835. Aula de Comércio da Corte, mantida pela Secretaria do Tribunal da Real Junta de Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação. |
1837 | Há notícia do funcionamento da Aula de Comércio em Pernambuco. |
1838 | Reforma do currículo da Aula de Comércio da Corte, no Rio de Janeiro, quando o curso, de duração de 3 anos, é reduzido para 2 anos. – É criado, pela Lei (da Província do Maranhão) nº 77, de 24 de junho de 1838, o Liceu Maranhense, sendo a lei sancionada por Vicente Tomaz Pires de Figueiredo Camargo, quando a cadeira de Estevão Rafael de Carvalho passou a fazer parte do Curso de Comércio daquele estabelecimento. |
1839 | Há notícia da implantação da Aula de Comércio do Pará. - A Imperial Academia Militar passa a denominar-se de Escola Militar da Corte, sendo aprovados novos Estatutos. No currículo do Curso de Artilharia, Engenharia Militar e Estado Maior consta a matéria Cálculo das Probabilidades. |
1846 | Parecer de 17 de janeiro de 1846, de José Antonio Lisboa, sobre a criação da Escola Central de Comércio. A expressão Central tem significado de Escola Superior e de Nacional ou Federal, usada no período republicano para as Escolas e Faculdades. Os Estatutos de 06 de junho de 1846 da Aula de Comércio estão conforme o manuscrito existente no Arquivo Nacional – Seção Histórica – Caixa 459. Os Lentes Substitutos da Aula de Comércio são admitidos mediante concurso, constante das seguintes disciplinas: Aritmética, Geometria e Álgebra; Geografia Geral, Geografia Comercial e Geografia do Brasil; Economia Política; Direito Comercial; Prática das Principais Operações e Atos Comerciais; e Arte de Arrumação dos Livros. |
1847 | Aula de Comércio da Corte funciona com a seguinte composição: Inspetor: Conselheiro Diogo Soares Rodrigues. |